Vidas errantes
Quanto corri
Atrás de um pôr-do sol que não chegou
De uma folha de papel que fugia com o vento
De uma ideia sobre a vida e os tempos e as vontades.
Encontrei gentes
Todas iguais
Todas inseguras
Todas à procura de um fim.
Não segui
Os passos de ninguém.
Aqui neste mundo,
Onde a terra é azul como uma laranja
E os prados semeiam armas,
Não há razão de ser nem meta,
há o prazer fortuito,
há a saudade do não vivido,
há o hoje e o agora.
Deixei de correr,
Parei.
Para ver o entardecer chegar.