FATAL , o começo e o fim de todas as coisas
Começou na terça 5 de Maio e só termina...no dia 24 de Maio. Foi a minha primeira semente da assessoria de imprensa e guardarei esta experiência entre as mais enriquecedoras de sempre. Nem sempre é fácil transmitir o espírito deste festival aos media e ao público e o FATAL é estranhamente criticado e louvado em simultâneo por ter no seu cerne o teatro universitário.
Se por um lado o teatro universitário carece de um objecto profissional e peca em termos de durabilidade e estabilidade dos grupos - características comuns a todos os grupos de teatro univeristário, a todas as associações benévolas, a todas as iniciativas não lucrativas que dependem exclusivamente de uma vontade comum e que chegam muitas vezes a mudar nem que seja uma pequena parte do mundo - por outro, o teatro universitário educa, forma, responsabiliza, torna o crescimento dos quase-adultos univeristários especial.
Foi com esta mensagem que terminou a tertúlia que seguiu o espectáculo Atentados, de Martin Crimp, do Grupo de Teatro da Nova, um conjunto de pessoas que literalmente deu a sua vida ao grupo para chegar a um ponto de coesão raro e belo que se espelhou na peça, do princípio ao fim. É por estes momentos que o FATAL de repente faz sentido: "Fizemos esta peça para o FATAL...", uma meta-meta que não é uma meta em si, mas um culminar de um trabalho que se ajusta às exigências de um timing de conclusão de um projecto.
Fará sentido então questionar o FATAL?