domingo, 13 de abril de 2008

A Queda de um Anjo


Poetas e escritores buscam há séculos o significado da vida e o que o ser humano deseja para si próprio, questionam o que é afinal a felicidade, aquela palavra que só não amedronta os que já são verdadeiramente felizes.
Costumo sempre distinguir a felicidade do contentamento, afirmando que, no dia-a-dia, há um bem-estar possível de atingir com aquela pequena decisão ao acordar que nos faz dizer "sim" a um dia, e que o conjunto de dias seguidos em que esse sim se impõe constitui a felicidade. O contentamento é a parte, a felicidade o todo imperceptível que só é evidente com o passar do tempo, a objectividade, a comparação. Afinal a felicidade é um conceito do passado e não um desejo futuro. E no presente é possível sentir-se a felicidade?

O ser humano é dúvida, é medo, é insegurança. E quando a felicidade está no agora e no instante, a queda parece inevitável.

Já caí tanta vezes e continuo com medo. Será que vou cair? Será que "la vie est bien faite" e que todas as minhas futuras opções vão contribuir para este novo rumo que eu sinto como uma reconciliação comigo própria?

Feliz ou não, uma coisa é certa. Não quero mais separar-me de mim mesma, vender o meu tempo, inusitadamente, aos outros.Não há como encontrar o conforto da alma no nosso próprio ser.

3 comentários:

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
kiko disse...

Tens com cada comentário aos teus textos... Tenho saudades tuas!

Anónimo disse...

Ao ler os teus textos consigo sempre encontrar uma parte de mim...Medo? Angústia? Dúvidas? Não te sei dizer! Sei q fazes falta "aqui" todos os dias... Mas sei q "aí" estás melhor, realizada...
Faço minhas as palavras do nosso Kikinho: "Tenho saudades tuas"! Gosto muito de ti "namoradinha" pseudo