quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

A beleza dos símbolos


É um restaurante, dos mais românticos e deliciosos que existem nesta cidade, mesmo em frente ao hospital dos capuchos, mas é muito, muito mais do que isso.
É a letra grega, é o bastão de Hercules, é o princípio e o fim de todas as coisas na vida.
É o meu princípio agora.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Mogway, António Campos, Cassavetes, Brunch com Shiatsu no Kuta Bar

Fins de semana e fins-de-semana preenchidos como estes últimos dias não acontecem todas as semanas. Um concerto alucinante que fez explodir emoções numa transe psicadélica de luzes e sons, o regresso ao país que Portugal fora outrora através das imagens do etnógrafo e realizador mais ignorado de sempre e a loucura de Cassavetes a provocar gargalhadas doridas e irónicas em Parar de Amar. Como se não bastasse, para acalmar os ânimos, depois de um manjar dos deuses com massagem shiatsu incluída, a beleza dos olhos de uma criança a sentir a minha tristeza interior, perdida entre tantas emoções dispersas. Ela encontra-a, agarra-a e destrói-a. A racionalidade é realmente uma parte demasiado ínfima desta curta e insignificante vida humana.

São assim os melhores fins-de-semana no melhor dos mundos, em que só Kassovitz tem realmente razão ao dizer: "Jusqu'ici tout va bien, jusqu'ici tout va bien, jusqu'ici tout va bien..."

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Odisseias

Viagens, odisseias da vida que nos fazem regressar a ambientes tão familiares nos locais mais improváveis. Istambul ou Berlim?
Felizmente foi tudo isto e muito mais. O Islão, com as suas mesquitas monumentais a imporem a sua beleza e o seu poder, não é ali escondido por trás de uma porta de um prédio qualquer, onde se permite, da forma mais dissuadida possível, praticar a religião mais popular do mundo. O comércio floresce nas veias da cidade e se em Berlim eram 3 os turcos a confundirem-me diariamente com uma turca, ali eram 20. Ayça - maria lá do sítio - chamaram-me, porque Nadia não soava a turco e era difícil de memorizar, e mil e uma vezes peruntaram-me onde andava o meu marido. Em casa, claro. Güsel, güsel ouvi eu pelas ruas fora, forma bela de chamar a atenção de uma turista bem disfarçada pela natureza.

Istambul, cidade onde o movimento, as cores, os cheiros, as pessoas e o peixe abundam. Cidade onde a verdadeira diversidade cultural existe sem deixar espaço a falsas tolerâncias e condescendências típicas da Europa Ocidental.

Um conselho: deixem o Pahmuk para depois.