segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Crónicas

Uma tosse crónica que me acorda diariamente com a sensação de morte na boca, de querer voltar a dormir, insistir, insistir e fazer força para as pálpebras não se descerrarem. Pombos e mais pombos que cronicamente infectam a cidade de mais um elemento de homogeneização do mundo, como se mais nenhum pássaro tivesse direito a viver. Um olhar sobre a sujidade crónica do rio Tejo que mais não tem para oferecer do que uma paisagem gélida e lunar ao cair da noite. É tudo tão crónico que a leveza da verdadeira crónica - onde andam elas? - nunca é bem-vinda. Como o cabelo caído nas costas morenas do verão, o titilar das folhas de árvores aventadas ou a verdadeira chama do fogo vinda de uma fogueira na praia. Crónicas estas sim para contar.

1 comentário:

Anónimo disse...

escreve
escreve!
escreve!!