quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Inspirou-me, sim, ele

Vidas errantes

Quanto corri
Atrás de um pôr-do sol que não chegou
De uma folha de papel que fugia com o vento
De uma ideia sobre a vida e os tempos e as vontades.

Encontrei gentes
Todas iguais
Todas inseguras
Todas à procura de um fim.

Não segui
Os passos de ninguém.

Aqui neste mundo,
Onde a terra é azul como uma laranja
E os prados semeiam armas,
Não há razão de ser nem meta,
há o prazer fortuito,
há a saudade do não vivido,
há o hoje e o agora.

Deixei de correr,
Parei.
Para ver o entardecer chegar.

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