
Viver até ao limite para saber o que significa verdadeiramente viver. Experimentarmo-nos até à exaustão e, se inevitável, até à morte. A ânsia de Christopher Mccandless não era impulsiva, não era demente, não era fruto de uma revolta adolescente que passa com o tempo e a idade. Era somente.
Com a sabedoria de um filósofo existencialista e a liberdade de um foragido da lei, Chris renunciou a tudo menos a si próprio, na companhia dos livros que marcaram a sua vida e que a minha bem brevemente irão marcar...(Lacunas minhas, eu assumo: Jack London, Leon Tolstoi e Henry David Thoreau...)
Para além de uma viagem à mente do wanderer imortalizado por John Krakauer no livro Into the Wild, o filme faz-nos viajar sobretudo dentro das nossas opções, das nossas mágoas inapagáveis, do nosso profundo eu.
Na ausência de palavras para definir o que senti, recordo apenas o momento em que, na Montanha da Salvação,um monumento hippie, Chris pergunta a um adorável velhinho se o que o move é o amor. Quando a resposta chegou, nem tive tempo para impedir umas lágrimas pouco tímidas de saltarem dos meus olhos.
Esqueci-me do Amor ultimamente, não de amar, mas de acreditar que essa palavra contém em si aquela coisa inexplicável que nos mantém vivos e de sonhos em punho...
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