E este dia foi mais um dia especial.
Primeiro porque começou com uma fantástica sanduíche de frango,
abacate (la palta, ao pequeno almoço, almoço e jantar!) e
pimentos.
Depois, porque fui visitar uma das 3 casas do Pablo Neruda
e senti-me a entrar de novo no seu mundo íntimo, na sua alma, como
se estivesse a ler de novo a autobiografia Confesso que Vivi, que
aconselho vivamente, pois não houve vida como a dele, nem amor como
o dele, nem palavras tão simples quanto enigmáticas como as dele.
O nome da casa, La Chascona, é uma homenagem à sua maior paixão da vida, a Matilde, que tinha um cabelo preponderante. A casa é um labirinto de cantos e recantos que fazem lembrar um barco, de colecções porque o poeta era um coleccionador compulsivo, e...nao posso deixar de mencionar que: os copos que estão na mesa da sala de jantar são da Marinha Grande! Lisboa foi um local de passagem para Pablo Neruda nas viagens para a Europa. Por isso nele há um pouco de mim.
E deixo este pintor
chileno já falecido para a vossa descoberta: Tito Caldéron.
Como os dias são grandes aqui - anoitece às 22h! - e como
não podia estar a ser melhor recebida pela Rosa & Família, o
dia terminou com mais espectáculos do Santiago a Mil. Uma
dança/perfomance por uma brasileira que desenvolveu o tema da
relação do corpo com o objecto com, nada mais nada menos, uma
cabeça de touro embalsamada e uma peça em chileno (admito que só
percebi 1/3, este é o espanhol mais difícil que já alguma vez
ouvi) chamada Bello Futuro que abordou a condição social das
mulheres nos tempos de Pinochet.
Pelo meio experimentei uma Mechilada, que afinal é uma bebida mais mexicana que
chilena...Cerveja com limão e picante, dá para acreditar! Fresco,
ácido e não vou repetir!
Sem comentários:
Enviar um comentário