sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Santiago, parte...5?



Para não saltar nenhuma das etapas fantásticas da descoberta desta cidade, volto um pouco atrás no tempo...é que escrever faz-me mesmo parar uma manhã inteira, para reflectir sobre o que realmente ficou
E este dia foi mais um dia especial. Primeiro porque começou com uma fantástica sanduíche de frango, abacate (la palta, ao pequeno almoço, almoço e jantar!) e pimentos. 

Depois, porque fui visitar uma das 3 casas do Pablo Neruda e senti-me a entrar de novo no seu mundo íntimo, na sua alma, como se estivesse a ler de novo a autobiografia Confesso que Vivi, que aconselho vivamente, pois não houve vida como a dele, nem amor como o dele, nem palavras tão simples quanto enigmáticas como as dele. 












O nome da casa, La Chascona, é uma homenagem à sua maior paixão da vida, a Matilde, que tinha um cabelo preponderante. A casa é um labirinto de cantos e recantos que fazem lembrar um barco, de colecções porque o poeta era um coleccionador compulsivo, e...nao posso deixar de mencionar que: os copos que estão na mesa da sala de jantar são da Marinha Grande! Lisboa foi um local de passagem para Pablo Neruda nas viagens para a Europa. Por isso nele há um pouco de mim.

Como esta cidade borbulha de cultura, passei ainda pelo Museu Nacional de Belas Artes e, apesar de estar sem expectativas, por lá fiquei por mais de duas horas. Obras contemporâneas ao lado de esculturas clássicas fazem com que todos os visitantes sejam confrontados com a modernidade e que descubram sempre algo para além do que procuram.

E deixo este pintor chileno já falecido para a vossa descoberta: Tito Caldéron.


Como os dias são grandes aqui - anoitece às 22h! -  e como não podia estar a ser melhor recebida pela Rosa & Família, o dia terminou com mais espectáculos do Santiago a Mil. Uma dança/perfomance por uma brasileira que desenvolveu o tema da relação do corpo com o objecto com, nada mais nada menos, uma cabeça de touro embalsamada e uma peça em chileno (admito que só percebi 1/3, este é o espanhol mais difícil que já alguma vez ouvi) chamada Bello Futuro que abordou a condição social das mulheres nos tempos de Pinochet. 
Pelo meio experimentei uma Mechilada, que afinal é uma bebida mais mexicana que chilena...Cerveja com limão e picante, dá para acreditar! Fresco, ácido e não vou repetir! 

Sem comentários: