sábado, 18 de janeiro de 2014

Dias curtos e bons

Há dias em que não nos apetece fazer mesmo nada.
Sai preguiçosa de casa, fui a uma das 25 melhores gelatarias do mundo segundo dizem - sabores de framboesa com menta, e laranja com gengibre - passeei pelo monte de Santa Lucia e descobri uma das coisas que mais vontade dá de viver nesta cidade: os cafés literários.
Então não é que, pelos jardins de Santiago, estão espalhados pela cidade cafés biblioteca, em que as conversas giram à volta das letras e do teatro? Há quem diga que, aqui, todos dizem que são escritores em primeiro lugar e só depois banqueiros, políticos, marketeers.





O tempo desenrolou-se tão lentamente que relembrei todas as pessoas com quem me cruzei nesta viagem: uma israelita que se apaixonou e que vai mudar a sua vida para Londres em busca de mais amor; um belga fashion designer que não quis falar em francês comigo, uma russa a viver em Buenos Aires e um americano perdido na vida. Cada um deles a recordar-me partes específicas da vida, cada um deles à procura do mesmo: sentir a insaciável vontade de conhecer o mundo. Infelizmente, retiro daqui que esse saber que procuram é mesmo pouco: estão no Chile e mal sabem quem foi o Allende ou o Pinochet. Não sei na verdade o que procuram.

O que agora procuro mesmo é descobrir para onde me leva a Rosa amanhã...

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