E não é que eu tenho uma amiga mais louca do que eu??? Chamada Rosa??? Fui parar...a Buenos Aires! Acordei às 6 da manhã sem saber para onde ia, com uma mala com utilidades para todas as situações possíveis e o destino foi o aeroporto. E daí a 3 horas estava numa das capitais que mais tinha curiosidade de conhecer nesta vida! Acho que na verdade já lá estive noutras vidas, pois tudo lá tem um ambiente familiar e próximo.
La Boca, que não é igualável em nenhuma cidade do nosso continente europeu. Os bairros mais populares, o tango, o vinho e o sangue muchachero deste povo tornam tudo verdadeiramente incomparável.
Logo no primeiro dia tivemos um jantar com uma eslovena, um francês, um colombiano e um argentino, amigos da Rosa, numa das melhores parillas de Buenos Aires, Dom Julio. Atenção: o bife argentino é mesmo delicioso e já não é importado, por isso duvidem de qualquer restaurante que se diga...argentino!
Depois de dois dias de reconhecimento da cidade, acabámos por passar uma noite num salão de tango fora do centro, em Almagro, indicado por uma amiga de Lisboa...que sabia do que estava a falar. A Catedral mostrou-nos o verdadeiro feeling da dança, um espaço com aulas em várias salas, concerto de tango ao vivo e milongas para ficarmos de boca aberta. Sempre com a presença de Carlos Gardel.
Nos entretantos descobrimos a história deste país, com as figuras de San Martin – um dos principais libertadores de vários países da América Latina, ao lado de Simon Bolívar – a vida pos mortem de Evita Perón – cujo corpo, morto, foi guardado vários anos em casa de pessoas e que chegou a estar enterrado num cemitério em Itália! - e por fim o próprio Perón. Depois do falecimento de Evita, casou-se com uma bailarina exótica que, anos mais tarde, foi Presidente da Argentina! Uma história fascinante, da qual os argentinos se orgulham de peito cheio e com muita gestualidade italiana à mistura.
E o quanto eu voltei a sentir o espírito argentino que conheci em Portugal a fazer um programa de televisão argentino com argentinos? E o quanto eu compreendi que só os argentinos podiam ter inventado um programa como o CQC?
Hoje é mais um dia de organização e preparação pois, agora sim, vou até ao fim do mundo: Patagónia chilena.
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